21 maio 2008

Wishes.

Desde o ano passado eu ouvia falar de universitários que iam trabalhar no exterior, mas aquilo soava muito exótico e distante para mim. Porém, me deu na telha no começo desse ano que eu iria atrás disso, pois eu percebi que seria uma ótima chance de resolver vários "problemas" com uma tacada só.
Pela "vibe" do pessoalzinho que eu vejo por aí querendo fazer o mesmo, o mais óbvio motivo para ir é "KonheCE peXXOAxXx novAxXx", "faze MiGuxXxUxXx du MUNDU InTEiRu" e "tRaBAlhaH nAh dISNEY KI Eu Amu!!!!!". Bem, eu realmente quero conhecer gente do mundo inteiro, mas isso não é o motivo para eu querer ir.
Depois vem a experiência que você adquire num trabalho desses. Para quem nunca foi para o exterior, meu caso, vai ser incrível. Quando eu fui tirar meu passaporte, fiquei imaginando como seria desembarcar nos Estados Unidos da América sem conhecer quase ninguém, com um batalhão de guardinhas negões de 2m de altura me olhando, todo mundo na face da Terra falando inglês, depois ainda vou falar inglês o tempo todo, morar com roomates que eu nunca vi antes... mesmo esse não é um dos grandes motivos para eu querer ir, though.
Entrar na cultura americana, sim, é um graaande motivo; foi o primeiro que me empolgou. Quando eu vejo um filme com alguma cena na qual alguém vê TV, eu fico morto de curiosidade de saber como é ver TV naquele lugar. Por exemplo: como vai ser quando eu chegar lá, trocar de canal e vir ABC, CBS, CNN? Eu acho isso demais, demais, mas talvez eu seja o único.
Fora isso, ainda tem o fator "sair na rua". Como será que é ver um outdoor com propaganda de iPod? Ver Wal-Mart pra todo lado? Conhecer fisicamente todas as lojas que eu estudei em marketing? Ter dólares na mão? Não ver um Palio, Gol, na rua? Andar pelas ruas de uma cidade típica norte-americana?
O segundo grande motivo para querer trabalhar nas férias de fora a fora é... o Etapa. Antes da possibilidade de fazer isso, eu não me imaginava um dia chegando pra minha chefona e falando "olha, arranjei estágio, estou saindo". Eu era muito apegado ao pessoal de lá por gostar mais deles que do pessoal da faculdade. Se eu saísse, eu conviveria com os marketers e não mais com os pedagers. Fiquei muito mais próximo dos marketers esse ano (porque ano passado eu estava em uma fase auto-destrutiva) e mais "livre" do Etapa por causa disso. Trabalhar fora seria o grandíssimo fator que me faria seguir em frente, como se o Etapa tivesse ficado pra trás há muito tempo e não houvesse possibilidade de voltar.
O terceiro e último enorme motivo é o mais recente de todos. Há anos eu cobiço ir a um parque de diversões que fica em Ohio. Eu já satisfiz vários sonhos de consumo, mas esse parecia o mais distante de acontecer. Parque de diversões seria um nome infantil para o que ele é: a capital mundial das montanhas-russas! Eu adoro montanha-russa. Como eu já fui em todas por aqui perto, só indo longe pra ir em coisas novas e mais excitantes. Descobri que um cara que trabalhou comigo no Etapa está indo também por exatamente esse motivo, então com um "coastermate" arranjado fica muito mais possível andar nessa montanha-russa, por exemplo.
Duas pessoas que estudam comigo já foram trabalhar fora. Uma voltou doidona, outra voltou normal e com saudades. Outro cara já está com o pacote fechado, mas não para onde eu vou. Nós já combinamos de ir visitar Nova York com a galerinha do mal com a qual faremos amizade. O visto vai um mês além do período de trabalho, então podemos ficar rodando durante esse período por lá, até porque aqui em Brazil vai ser férias e não vai ter muita coisa pra fazer.
Está 0% certo que eu vou. Tem um processo de seleção por trás disso que vai até outubro. Porém, eu não consigo me imaginar na praia no final do ano, como fazemos religiosamente, ano após ano. Eu sempre prometo religiosamente que não estarei na praia no final do ano, ano após ano. Não posso deixar de cumprir desta vez. Tenho muitos motivos para isso, tanto que vou trabalhar esse ano inteiro pra trabalhar!

PS.: pessoal do Etapa, o problema não é com vocês, é com a empresa, mesmo. rs

06 maio 2008

"O horror que temos de nós mesmos"

Finalmente alguém falou disso, e ainda por cima considerando um outro fato muito interessante. "Achadinho" no jornal Destak (aquele que você pega no metrô).

"Muita gente, em especial a imprensa, tem criticado a maneira como parte da população reage ao espetáculo midiático que virou o caso Isabella Nardoni. Haveria histeria e exagero.
De minha parte, creio que a reação é natural. O crime cometido é medonho.
Há, sim, exagero na cobrança de rapidez no chamado 'processo legal'. As pessoas querem os acusados na cadeia, mas as investigações ainda estão em andamento. Mesmo assim, vejo também como compreensível a exigência de que tudo seja mais rápido. Afinal, já estamos acostumados a pensar na nossa Justiça como lenta.
O que mais me impressiona, porém, são as pessoas que resolveram fazer figuração nesse caso, como se tudo fosse mesmo um espetáculo. Falo das pessoas que vão para a porta da delegacia ou do prédio onde estão os acusados.
O que faz alguém, numa cidade complicada como São Paulo, sair de sua casa e ir gritar 'assassino' e jogar pedras contra os acusados e seus parentes? A resposta é aterradora. Essas pessoas, no fundo, estão exorcizando os seus próprios fantasmas. A tese não é minha. É do psicanalista Contardo Calligaris, uma das vozes mais lúcidas do país. Com seu ódio, essas pessoas querem dizer 'nós não somos monstros, nós não matamos crianças'. Só que, como lembra Calligaris, a vontade de afirmar a diferença de modo violento indica que o indivíduo, na verdade, sente-se semelhante àquele que hostiliza. Aquelas pessoas precisam dizer ao mundo que elas são diferentes porque, no fundo, são bem capazes de espancar os seus filhos.
Duvida disso? Veja o crescimento dos índices de agressão a crianças (...). Veja que o principal agressor é a mãe. Noutro dia, informamos que, em sete anos, mais de 300 crianças foram mortas dentro de suas casas na cidade de São Paulo. E isso, como publicamos, é só a ponta do iceberg."

Pena que este artigo estava espremido em um canto do jornal e pareceu cortado no meio. Se falasse mais sobre essa teoria de reprimir o que se é de verdade ficaria muuuito melhor...

02 maio 2008

Fui comprar camisa na Colombo exclusivamente porque está barato. Gostei de uma que estava na vitrine mas que não tinha no estoque. Minha mãe falou pra eu escolher outra, mas eu só tinha gostado daquela.
Pergunta: vale a pena ficar com outra para esquecer da que você gosta?

PS.: post pré-adolescente, eu sei, mas a reação dos meus pais quando eu falei pra vendedora "mas eu não vou ficar com outra pra esquecer da que eu gosto" foi tão "tão" que eu resolvi postar aqui.