15 janeiro 2008

Esperando a chuva passar...

...enquanto eu estava na dentista li esse artigo do J. R. Duran na Trip e achei muito da hora.

12 janeiro 2008

Diversões estranhas.

Eu disse há alguns posts atrás que me falaram que eu gosto de diversões estranhas. Este começo de ano está de prova que eu estou no limite entre o que pode ser considerado se divertir com coisas normais.
A primeira diversão do ano foi praia. Todo mundo gosta de praia. Eu gosto um pouco, e na verdade gostei mesmo só do último dia, porque o mar estava excelente e porque eu estava indo embora. A segunda diversão do ano deve ter sido andar. Eu gosto muito de andar. É até útil porque eu vou fazendo um mapa da cidade na cabeça e acabo me achando nos lugares mais remotos.
Nessa última semana as diversões ficaram estranhas. Segunda-feira eu fui doar sangue. Isso acabou virando diversão porque a minha intenção era andar até o metrô Jabaquara (saindo do metrô Ana Rosa = 7 estações a pé) e fui acompanhando o pessoal que já ia doar até o metrô Santa Cruz, mas acabei descendo a rua que dava no hemocentro (que parecia um restaurante vendo de longe) e doei com eles, com direito a foto doando e tudo. Passei meio mal depois de doar, e antes também: minha pressão estava em 14 por 9. Tomei um monte de suquinho que eles dão, comi um monte de bolinho e fiquei bem.
No dia seguinte fui a um rodízio de pizza para comemorar o aniversário da Bruna. A diversão não era apenas comer, mas também ir até lá. Era a menos de 200 metros do lugar no qual eu doei sangue, mas eu fui apenas de ônibus (e não de metrô, mesmo o negócio sendo do lado do metrô) pela felicidade de pagar menos para ir e pela felicidade de ir vendo o caminho!!! Caramba, eu não sou normal.
Diversão de ontem: medir minha pressão. Depois daqueles 14 por 9 eu tinha um motivo bem concreto para medi-la, e isso era o que eu queria há muito tempo. Depois de ter virado hipocondríaco por causa do recorde de 16 por 10 que eu atingi esperando o resultado do vestibular, eu fiquei encanado com isso, e louco para saber minha pressão arterial o tempo todo.
Hoje a diversão foi o Wet'nWild. Essa foi bem normal, apesar de eu não ter gostado taaanto assim de lá porque as filas não tem cobertura (então hoje, por exemplo, que fez 37 graus, das filas saía cheiro de carne humana assada) e por causa também do chão. Sim, o chão fica pegando fogo quando faz 37 graus, e em pouquíssimas vias tinha um jatinho d'água pra refrescar.
A diversão de amanhã seria um programa alternativo no CCSP vendo filmes alternativos, mas esta foi substituída por um slide show de uma viagem na casa da vó.
Bem, se eu vejo graça em coisas que passam desapercebidas por 99% da população, como ficar olhando pela janela do carro/ônibus/metrô, problema meu (orra). O que importa é se divertir, seja uma diversão pobre ou não, estranha ou não, tosca ou não.

11 janeiro 2008

Começo de ano.

Quando eu tinha uns 4 anos fui para a praia ver a queima de fogos da passagem de ano. Ficamos embaixo de uma barraca, mas em volta dessa barraca tinha uma bateria de fogos. Nem precisa falar que toda aquela explosão causou um trauma. Porém, depois desse dia eu passei a ter medo não de fogos, mas de ano novo!
Toda fucking passagem de ano eu fico meio nervoso, e quando passa tudo eu fico aliviado, não necessariamente feliz ou tranqüilo. Porém, de 2007 para 2008 foi diferente. Faltando vinte minutos para a meia-noite eu estava no mesmo estado de quem termina de ler um livro e vai dormir.
Dia 1º eu já estava a caminho de casa, pois eu trabalharia dia 2. Talvez por isso eu não tenha ficado empolgado com a mudança de ano: nada tinha mudado. Desde que eu nasci essa data marca alguma diferença, nem que seja mudança de série na escola. Agora, entretanto, eu estava indo trabalhar, estava indo para o mesmo trabalho do ano anterior. Tudo estava igual.
Enquanto eu pensava isso chegou a Veja com uma coluna exatamente sobre isso. Um pedaço dela:
"E lá fomos nós, outra vez. Assistimos à queima dos fogos, tomamos champanhe, trocamos beijos e abraços, dissemos feliz ano novo. (...) depois de uma noite maldormida (...) se perceberia que estava tudo igual, cada coisa em seu devido lugar, inclusive as aflições que azucrinam a cabeça, as doenças que castigam o corpo, as obrigações, os trabalhos, os motivos de chateação e os de alegria."
Depois dessa virada (de cabeça pra baixo) não sei mais se vou ficar ansioso na passagem, porque a noite de reveillon é uma noite qualquer, com a diferença de que seus avós ficam acordados até mais tarde. O que diferencia um ano do outro são as promessas que fazemos, isto é, a longo prazo tem algo de diferente. Entretanto, depois da festa, quando nós voltamos para casa e acordamos no dia seguinte, é igual a um feriado no meio da semana.
Agora eu nem sei se faço promessas para 2008, já que tudo vai estar bem parecido com o que já era. Por enquanto o que eu fiz foi providenciar uma agenda para organizar o ano e deixá-lo no esquema de todos os outros anos. Tudo muito igual.